segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Comissão Pedagógica de EACs 2008-2009

Tendo decorrido as eleições para os representantes dos docentes e dos alunos de Estudos Artísticos e Culturais à Comissão Pedagógica deste Curso para o ano lectivo de 2008-2009, a Comissão fica assim constituída: - Jorge G. Lourenço Melo / representante dos alunos (1º ano) - Sara Patrícia Monteiro Araújo / representante dos alunos (2º ano) - Doutora Maria José Ferreira / representante dos docentes (1º ano) - Doutor Luís Silva Pereira / representante dos docentes (2º ano) A próxima reunião será no dia 23 de Dezembro (Terça-Feira), às 15,00h, na Sala de Professores, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Eleição do Presidente da Comissão 2. Eleição do Secretário da Comissão 3. Método de aprovação das Actas 4. Análise do decurso do semestre.

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terça-feira, 11 de novembro de 2008

Jornadas na FacFil debatem "Escola, Sucesso e Excelência"

As questões da pedagogia, da formação, da educação formal e não formal, do ensino e da aprendizagem entram de pleno direito no leque dos interesses do Curso de Estudos Artísticos e Culturais. A Escola é um espaço privilegiado para a intervenção artística e cultural, para a animação sócio-pedagógica e para a elaboração e aplicação de projectos em ordem ao enriquecimento (extra-)curricular e ao amadurecimento do educando. Estratégias que almejam, certamente, proporcionar ao aluno o Sucesso e a Excelência - temas destas Jornadas. Fica, então o convite: apareçam no próximo dia 21 de Novembro na nossa Escola. Estarão cá especialistas nacionais destas matérias. Não é verdade que os EACs marcam sempre presença?! Cartaz, Programa e Inscrição

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Programa Cultura 2007-2013

Sessão de apresentação do Programa Cultura 2007-2013: conhecimento das linhas de acção deste Programa, possibilidade de financiamentos comunitários para os agentes culturais, esclarecimento de questões técnicas relativas ao preenchimento de candidaturas. - Data: 18 de Novembro de 2008 - Local: Museu Soares dos Reis / Porto - Horário da Formação: das 10H00 às 16H30 - Organização: Ponto de Contacto Cultural e a Agência INOVA, com a colaboração da Direcção Regional de Cultura do Norte - Inscrição: obrigatória (limitada ao número de lugares disponíveis) - Entrada: gratuita mais informação

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domingo, 9 de novembro de 2008

Pitágoras e Pat Metheny. Apontamento sobre a consonância e a dissonância

Estimulado pela estética pitagórica que casa a matemática com a música, inserindo-a numa coerência cósmica e atribuindo-lhe uma universalidade harmónica, rememoro uma conversa do guitarrista Pat Metheny[1] com o jornalista Carlos Vaz Marques[2], no programa “Pessoal e Transmissível” da TSF, na qual o músico norte-americano declara inserir grande parte das suas composições musicais numa lógica matemática. Existirá, então, entre estas duas figuras, tão afastadas na história, uma forma comum de pensar a música? Continuar
Escrito por: Paulo Pinto/Aluno do 1º ano de EACs

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sábado, 8 de novembro de 2008

Elisabete Martins, Antiga Aluna de EACs, na Fundação Cupertino de Miranda

A Drª Elisabete Martins acaba de dar novos passos muito significativos na sua integração no mundo laboral, na área da cultura. Com efeito, segundo informação da própria, a Entrevista que realizou na Fundação Cupertino de Miranda foi a porta de acesso para trabalhar nesta importante Instituição. A partir da próxima Segunda-Feira, aqui exercerá, progressivamente, trabalhos de gestão de livraria e de obras de arte, acolhimento aos visitantes, visitas ao Museu, e programação cultural. É com incontida alegria que esta Antiga Aluna do Curso de Estudos Artísticos e Culturais espera poder realizar-se profissionalmente numa «diversidade de trabalhos dentro da nossa área e numa Fundação tão conceituada quanto esta». À Elisabete, que tem sabido cultivar uma atitude pró-activa notável, os nossos Parabéns, partilhando a sua alegria e esperança.

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quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Boas notícias dos EAC's

Ana Alexandra Oliveira (Dr.ª)
1ª classificada na Lista de Seriação ao Mestrado em Ciências da Comunicação - Especialização em Audiovisual e Multimédia, na Universidade do Minho / 2008-2009. Considera excelente esta oportunidade, tendo em vista dedicar-se à investigação científica. André Rodrigues (Dr.)
Consolidou a sua ligação à Fundação da Juventude / Porto onde é responsável pela produção e comunicação do projecto cultural de apoio às Indústrias Criativas, o Palácio das Artes – Fábrica de Talentos. Trata-se de um centro de criatividade e inovação de excelência nacional e internacional. Além de outras tarefas, é presentemente responsável pela redacção da Revista Fábrica de Talentos, cujo nº 2 sairá em inícios de Dezembro. É também membro da organização do Festival Internacional “Curtas na Rede”. António Manuel R. Araújo (Dr.)
Encontra-se em Moçambique, na Cidade de Maputo trabalhando como consultor para várias ONG'S, na área da formação Cultural. Filomena F. Oliveira (Aluna do 2º ano)
Publicou o seu primeiro livro “Os Degraus da Casa” Marco Campos (Dr.)
Contratado pela revista "Noivas de Portugal" onde desenvolve tarefas na área do jornalismo cultural, entrevistas, reportagens, textos sobre empresas de serviços no mundo nupcial, da moda, etc. Numa área onde, como o próprio diz, «existe arte e talento», a sua tarefa consiste em «transmitir sentimentos e a actualidade da moda através de palavras, imagens e ideias…». Foi com visível alegria que nos deu conhecimento deste «pequeno passo», acontecimento já com sabor a alguma vitória! ......................................... A Faculdade de Filosofia expressa profundo gáudio pelo êxito académico e profissional dos seus Antigos e Actuais Alunos de EACs, endereçando-lhes os Parabéns e votos de Felicidades.

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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Filomena Fonseca Oliveira (EACs) publica "Os Degraus da Casa"

A noite brilhou de intensidade na “estreia” do Livro “Os Degraus da Casa” da poetisa e pintora famalicense, Filomena Fonseca» - escreve Conceição Oliveira, a propósito da sessão de apresentação do primeiro livro de poemas daquela aluna do Curso de EACs, num texto publicado no Jornal Diário do Minho, e que aqui reproduzimos:
«Na passada sexta-feira, 24 de Outubro, o Auditório da Fundação Cupertino de Miranda foi pequeno para albergar o grande número de pessoas que aí se apresentaram para assistir ao lançamento do primeiro livro de poemas da artista famalicense Filomena Fonseca.Entre os presentes, além da Mesa composta pela autora, pelo Dr. Vasco Moreira e pela Sra. Dª Fátima Almeida, esta última em representação da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, encontravam-se diversas figuras ligadas à cultura, poetas, músicos, escritores, pintores. Dando, deste modo, testemunho do grande apreço e carinho que a autora goza entre os seus amigos: artistas e anónimos. Foi ao som da música clássica, interpretada pelas meninas Cristina Veloso e Filipa Costa, que se deu início à sessão. De seguida, o Dr. Vasco Moreira iniciou a apresentação do livro “ Os Degraus da Casa” citando Alberto Caeiro, heterónimo de Fernando Pessoa: “…que há poetas que são artistas e que fazem os seus versos” e acrescentado “estamos aqui hoje com a poetisa, que é artista, e que faz os seus versos”. Elogiando a arte poética de Filomena, cuja capacidade é de “em poucas palavras, concentrar muito do que é a vida”, o apresentador ilustrou o sentido das suas considerações através da leitura do poema “Agasalho” (pag. 12 do livro): O sol desceu devagarinho
e ajudou a fazer o ninho
na nossa casa e nunca mais
te caíram os olhos
nem se fecharam os braços O segundo grande momento da noite aconteceu quando o Grupo de Teatro “Andaime”, da Escola Camilo Castelo Branco, sob direcção do professor Silvestre, subiu ao palco para apresentar, através de uma sequência de vários quadros, a leitura encenada de alguns dos poemas que integram o livro “Os Degraus da Casa”. O acompanhamento musical, a cargo do talentoso e jovem pianista André Silvestre, acrescentou magia ao excelente momento em que as artes da poesia, representação e música se uniram, extasiando todos os presentes. Já no final da sessão, alguns poetas do Porto e Vila do Conde, surpreenderam a artista, subindo ao palco para declamar alguns dos seus poemas, ainda não lidos. O público presente não arredou pé até final da sessão, deixando transparecer, nos seus rostos o encantamento de uma noite perfeita. Os livros esgotaram, superando as expectativas da artista, e a sessão de autógrafos prolongou-se pela noite dentro, com abraços e elogios à mistura. Foi, de facto, uma grande noite em que a poesia saiu dignificada.»
Conceição Oliveira
Curso de Estudos Artísticos e Culturais
Faculdade de Filosofia / UCP / Braga (Fonte: Diário do Minho – Suplemento Cultura, 05 de Novembro de 2008, p. VII)

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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Plataforma Pelo Património Cultural apresenta-se dia 16 de Outubro

Dezassete associações nacionais das diversas áreas do património cultural fundam a Plataforma Pelo Património Cultural, cuja apresentação pública terá lugar no próximo dia 16 de Outubro de 2008, pelas 15:00 horas, no Jardim de Inverno do Teatro São Luiz, em Lisboa. Haverá lugar para debates públicos, de acordo com o programa. Esta nova estrutura propõe-se defender o património cultural português, promover debates e propor medidas para um sector tão carenciado de estudo rigoroso, valorização e projecção públicas, quer por parte do Estado como por parte da sociedade civil.

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Amélia Fernandes, antiga aluna de EACs, agarra novas oportunidades

Licenciada em 2007, em EACs, a Drª Amélia Fernandes brinda-nos com mais notícias acerca das suas prolíferas iniciativas profissionais no sector cultural e educativo, e da sua intensa participação mediática, desta vez na televisão. Quanto ao campo laboral, a Amélia informou-nos que irá trabalhar com as Bibliotecas Municipais da Póvoa de Lanhoso e de Fafe, ao longo do ano lectivo, na organização e animação de actividades lúdico-pedagógicas para a infância e juventude. Nos órgãos de comunicação social, a sua próxima presença será na TVI, no dia 21 de Outubro. Felicidades, Amélia. A sua energia é já um hino à novidade que habita a vida.

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quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Orar, fotografar e partilhar!

Desde os tempos imemoriais a arte, a criação artística são uma mediação fundamental na relação do homem com o transcendente, nomeado de muitos modos e representado de muitas formas. O enigma e o mistério da vida, do mundo, da história, são transfigurados pela inspiração estética na potência do Invisível que nos fala, nos atrai, nos faz descentrar de nós para nos concentrar no Absoluto. João Paulo II, na célebre Carta aos artistas identificou a centelha divina que habita na criação artística: «Toda a autêntica inspiração encerra em si algum frémito daquele “sopro” com que o Espírito Criador permeava, já desde o início, a obra da criação». Poderíamos acrescentar: toda a autêntica experiência estética participa também daquele “sopro”. Façamos nós também a experiência artístico-espiritual. Uma proposta de oração, com a fotografia, partindo do silêncio, da meditação e da contemplação. Antes da máquina, o olhar, a abertura interior ao mundo que me rodeia. De seguida, o registo fotográfico e a partilha.Entre o olhar e o fotografar há muitas similitudes. Quem não experimentou já olhar como quem fotografa? Mas agora, trata-se de fotografar não só a partir do olhar mas também a partir de uma atenta escuta interior. Esta actividade será orientada pelo Fernando Ribeiro (1º Ciclo/3º ano de Filosofia), um entusiasta da arte, sobretudo das possibilidades da fotografia, frequentador das iniciativas do curso de EACs. Decorrerá no fim-de-semana de 18 a 20 de Outubro, na Casa da Torre, em Soutelo-Braga.Para mais informações, contactar: 253310400 - e-mail: casadatorre@jesuitas.pt Nota: é necessário trazer máquina fotográfica digital e os respectivos cabos de ligação ao computador. Será útil para a partilha.

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segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Convívio - S. João/08

No Curso de Estudos Artísticos e Culturais a festa da cultura e a cultura da festa andam sempre de mãos dadas! Gostamos da alegria, do bom humor, da amizade, de relações humanas solidárias. Ainda que, com algum atraso, aqui ficam as fotos do convívio organizado pelos alunos do 1º ano de EACs, por alturas do S. João/08. Como se vê, boa disposição e iguarias de fazer crescer água na boca foram coisas que não faltaram...

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A rede EURES e as oportunidades de trabalho (na área da cultura)

Dado o interesse dos programas da rede Eures na mobilidade e criação de emprego na União Europeia, para jovens licenciados em todas as áreas profissionais e particularmente na da cultura, transcrevemos aqui uma parte do texto de Barbara Wong, “Rede Eures oferece três milhões de empregos na EU” in Público, 05 de Outubro de 2008: «O mercado de trabalho da União Europeia (EU) é muito heterogéneo, se há zonas onde o desemprego impera, noutras é difícil encontrar mão-de-obra. Este é dos grandes problemas na UE, segundo Christoph Maier, director-geral do Emprego, Assuntos Sociais e Igualdade de Oportunidades da Comissão Europeia, anteontem, num encontro em Paris da rede Eures, que promove através da Internet a mobilidade de emprego entre os cidadãos europeus. Neste momento, a rede tem uma oferta de três milhões de empregos na UE.No página http://ec.europa.eu/eures é possível encontrar ofertas de trabalho em todos os países da Europa. Foi através do site e de um concurso em que participou que Nuno Fragoso, de 31 anos, licenciado em Gestão de Actividades Culturais, está a ter uma experiência de trabalho como recepcionista no parque PortAventura, em Espanha, onde ganha o triplo do que conseguia em Portugal. (…/…) A mobilidade de emprego promovida pela rede Eures há 14 anos permite colmatar a necessidade de mão-de-obra nas regiões onde é mais necessária. Existem mais de três milhões de ofertas, quando a Europa tem cerca de 16 milhões de desempregados. (…/…) Para os empregadores, o forte deste programa é a possibilidade de receber pessoas com diferentes perspectivas do trabalho, ideias novas e culturas diversas, referem.As ofertas de trabalham variam, das que pedem formações de nível médio às que exigem o ensino superior. É sempre uma mais-valia saber uma ou mais línguas estrangeiras, reconhece Nuno Fragoso, que, além do inglês e castelhano, já percebe catalão e está a aprender francês, pois gostaria de vir a trabalhar na Suíça.»

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quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Recém-licenciada em EACs convidada pela Sociedade Martins Sarmento (Guimarães)

Tendo terminado a Licenciatura em Estudos Artísticos e Culturais, a Filipa Catarina já não olha para o mercado de trabalho através de um interminável binóculo... O sonho distante toma forma de realidade ao ser contactada pela Sociedade Martins Sarmento para desenvolver projectos e actividades na área educativa. Na verdade, a biblioteca desta respeitável Instituição vimaranense fora para a Filipa, durante o estágio do segundo semestre 07-08, um porto de abrigo para a pesquisa e investigação do tema do seu trabalho. Vê-se que a sua presença não passou despercebida... Um sorriso de muita esperança, um enorme desejo de agarrar esta oportunidade, a satisfação de poder trabalhar naquilo que verdadeiramente gosta de fazer... Foi esta Filipa a portadora da óptima notícia que muito nos incentiva, precisamente no alvorecer deste ano escolar. Que os estudantes continuem pródigos em dádivas de notícias como esta. Parabéns, Filipa. Toda a nossa Escola a apoia.

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sexta-feira, 12 de setembro de 2008

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Antiga Aluna dinamiza Associação e convida para a inauguração

Já nos tinha soado que, desde a finalização da licenciatura em EACs, a Andreia Gomes iniciara uma imparável dinâmica de lançamento de iniciativas de âmbito cultural e social. Na Freguesia de Adaúfe (Braga) não tem dado descanso aos responsáveis executivos, empenhando-se tenazmente, também, na criação e instalação de uma Associação. Os seus esforços aí estão a dar os primeiros frutos, precisamente com a inauguração da Associação. Sabemos que as suas metas não terminarão por aqui. Grandes voos e projectos começam sempre por pequenos passos… Desejamos-lhe os melhores êxitos para os projectos em que está envolvida.
Aqui fica o convite que esta colega a todos nos endereça: A “ASSOCIAÇÃO CULTURAL E RECREATIVA DE ADAÚFE” convida V. Ex.ª, sua família e amigos a estarem presentes no dia 19 de Julho de 2008, pelas 21 horas, no Passal da Igreja Matriz de Adaúfe, para a inauguração desta Associação. A festa prolongar-se-á pela noite dentro, e terá como motivos de atracção: actividades desportivas, mini feira de artesanato e de livros, tenda de crepes e caipirinhas. Terminará com música ao vivo com os DARKSOUL, banda de jovens artistas da Freguesia de Adaúfe. Contamos com a vossa presença.

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quarta-feira, 18 de junho de 2008

Rui Madeira, novo docente de EAC’s: «gostaria de ver instituída uma verdadeira política de Ensino»

“O Corpo e a Vontade – Atelier de artes teatrais” é a disciplina que o Actor Rui Madeira leccionará no Curso de Estudos Artísticos e Culturais no próximo ano lectivo (1º semestre). Trata-se de uma Oficina sobre “ferramentas" para a animação, criação artística e comunicação, a partir do Teatro. Encenador e Actor Profissional, Rui Madeira é o Director artístico da Companhia de Teatro de Braga e Administrador-Delegado do Teatro Circo de Braga desde 1988. Trabalhando regularmente em cinema e televisão, é sobretudo no teatro que mais se tem notabilizado a sua qualidade artística. Com larga experiência lectiva nas áreas das Práticas Teatrais, Rui Madeira é um nome consultado nas questões relacionadas com a situação do teatro e uma voz bem audível na apreciação da política cultural nacional e internacional. De um troço de conversa, eis um breve registo das opções culturais e dos gostos estéticos que alimentam a sua reflexão e a sua actividade no campo artístico e cultural. Da programação televisiva e radiofónica apenas lhe interessa a informação. As suas preferências vão para o cinema, destacando “Os Malditos” de Visconti, “O Criado”, com Dirk Bogarde (um dos seus actores preferidos), o “Sacrifício” de Tarkowski, o “Sol Enganador” de Mikhalkov… Na música revela um gosto bastante eclético, pontificando a França de J. Brel, Aznavour, Ferré, Montand, Regiani; a música brasileira e sul-americana, de Chabela Vargas e La Lupe. O bom fado é uma das suas predilecções - Cristina Branco, Aldina Duarte, Amália sempre, Mariza, Carlos do Carmo, bem como os mais antigos Marceneiro, Manuel de Almeida, António dos Santos. Quanto à música portuguesa actual destaca “os seus amigos” Jorge Palma, Abrunhosa, Xutos, Reininho, Adelaide Ferreira. Do jazz destaca Carlos Barretto e Bernardo Sassetti. No domínio da literatura recusa-se a destacar o inevitável “livro da sua vida”, antes prefere a pluralidade: «há livros lidos em circunstâncias e idades diferentes»: “Recordações da Casa dos Mortos” de Dostoiévski, “A Montanha Mágica” de Thomas Mann, Thomas Bernhard - sobretudo “Antigos Mestres”, bem como “Jardim de Cimento” de Ian McEwan… Dos “papéis” que representou, ao longo de mais de 30 anos de carreira no Teatro, destaca o de Valério em “Leôncio e Lena” de Buchner, Jimmy em “O Tempo e a Ira” de Osborne, um outro em “Polaróides Explícitas”, como os que mais o preencheram. Mas não no sentido de se ter sido invadido por eles: «As personagens – afirma - não se me colam à pele. É um processo e uma metodologia de criação. Não faço parte dos actores que “encarnam personagens”». É sempre no registo da interacção com a alteridade que o seu ser-actor se constrói: «Na criação de um personagem procuro a respiração e a partir daí o ritmo, a fala, o corpo, o olhar, enfim os sentidos e o confronto com os outros personagens. Grande parte da criação de um personagem por um actor descobre-se naqueles com quem contracena.» E como vive este “actor cultural” o ambiente cultural bracarense? «Sinto que Braga tem de trazer mais para a discussão pública a cultura como tema e processo. Sinto que Braga precisa de crescer rapidamente até aos 200 mil habitantes para entrar em parâmetros culturais europeus. Sinto que o problema de Braga é um problema de País. Braga tem razões para ser mais culta.» Quanto às principais mudanças que Rui Madeira gostaria de ver implementadas, na área da cultura em Portugal, sublinha a urgência de uma definição de objectivos estratégicos nacionais para um arco temporal de 10 anos, de políticas integradas em ordem à estruturação do país em domínios como a criação e a circulação artísticas. Mas, prioritariamente, «gostaria de ver instituída, por uma vez no meu País, uma verdadeira política de Ensino. Política essa que valorizasse e instituísse A ideia de Aprender enquanto um Acto de Cidadania, a ideia de Escola como O Lugar onde apetece estar e a ideia de Trabalho como Acto de Prazer». Sublimes expectativas com um pano de fundo de salutar Utopia.

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segunda-feira, 9 de junho de 2008

Gulbenkian subsidia projectos em Estudos de Arte

A fim de incentivar a valorização profissional de jovens investigadores nas áreas de Estudos de Arte, a Fundação Calouste Gulbenkian subsidia, anualmente, projectos de investigação nas componentes da crítica e reflexão teórica, da arte moderna e contemporânea. Os candidatos deverão possuir já um currículo significativo mas que ainda não se encontrem totalmente inseridos em estruturas profissionais na sua área de especialização. Data para apresentação de candidaturas: 30 de Setembro de cada ano. Mais informação e regulamento.

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quinta-feira, 5 de junho de 2008

"Marie Antoinette" encerra Ciclo de Cinema em Tibães dedicado ao tema do Neobarroco *

O filme “Marie Antoinette”, de Sofia Coppola, encerra esta sexta-feira, dia 6 de Junho, às 21h00, o Ciclo de Cinema em Tibães. Esta será a quarta e última sessão de um ciclo que foi planeado e desenvolvido no âmbito de um projecto de estágio do Curso de Estudos Artísticos e Culturais protocolado entre a Faculdade de Filosofia de Braga e o Mosteiro de S. Martinho de Tibães. O Ciclo de Cinema em Tibães procurou desde logo enquadrar o seu programa conceptual sob as potencialidades estéticas e culturais do Mosteiro. O resultado foi um conjunto de quatro filmes, caracterizados pelos seus diversos elementos estilísticos, que estabelecem ligações a uma sensibilidade Neobarroca, sensibilidade entendida como rede de relações múltiplas que não cessam de se estender e impregnar toda a cultura contemporânea, no qual o cinema se inclui. Poderemos considerar o ciclo como uma mostra de filmes sobre uma época artística, historicamente datada, porém o termo Neobarroco define-se ou caracteriza-se pelos desenvolvimentos culturais contemporâneos, ao qual a estética barroca pôde, em regresso, dar novos impulsos desde as vanguardas dos anos vinte à estética pós-moderna. Nesse sentido entenda-se o Neobarroco como uma sensibilidade, um espírito, um modo de encarar a vida e de habitar o mundo. Não surpreende, portanto, que sob este tema global, a potencialidade das imagens, dos sons e das palavras, ganhem permanência para além do seu instante fílmico, ao motivarem os debates no final de cada sessão, desdobrando-os em discussões temáticas que vão desde a técnica e linguagem cinematográfica ao imaginário colectivo que os filmes deixam entrever. Depois de “Pola X”, “Rapariga com o Brinco de Pérola” e “Dias Selvagens”, “Marie Antoinette” é um filme electrizante, conta a história íntima da vida turbulenta de uma das vilãs favoritas da história mundial. A vida da infeliz princesa que casou com o jovem e apático Rei de França, Louis XVI. Sentindo-se isolada numa corte onde abundavam o escândalo e a intriga, “Marie Antoinette” desafiou tanto a realeza como o povo, vivendo como uma estrela de rock, o que serviu unicamente para selar o seu destino. Música contemporânea e imagens de época coabitam num mesmo universo.
* Francisco Ferreira, aluno de EAC, em estágio no Mosteiro de Tibães.

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quinta-feira, 29 de maio de 2008

Blog EAC no telemóvel

A partir de hoje já é possível visualizar o blog de EAC no telemóvel. Basta inserir o seguinte endereço http://eacfacfil.mofuse.mobi .

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quarta-feira, 28 de maio de 2008

Filme de Wong Kar-Wai no estágio de EAC - Mosteiro de Tibães

Terá lugar no Mosteiro de Tibães o visionamento do filme “Dias Selvagens” de Wong Kar-wai, no próximo dia 30 de Maio (Sexta-Feira), às 21h00. Esta sessão integra o Ciclo de Cinema dedicado à problemática do “barroco e neobarroco”, organizado pelo núcleo de estágio em Estudos Artísticos e Culturais, a decorrer naquela Instituição. Tal como as anteriores, esta sessão iniciar-se-á com uma breve apresentação do tema/filme realizada pelo estagiário Francisco Ferreira, e finalizará com um debate introduzido e moderado pelo mesmo estagiário.

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domingo, 4 de maio de 2008

O Deutsche Bank e a Arte

O que levará uma instituição bancária, como o Deutsche Bank a constituir uma colecção de mais de 53 mil obras de arte? Certamente, dir-se-á, a perspectiva de um fabuloso investimento financeiro, já que, quando realizada com critério e conhecimento, a aquisição de obras de arte se tornou, para muitos, uma aplicação altamente rentável e das mais seguras a médio/longo prazo. Contudo, surpreendentemente, não é essa a finalidade que Friedhelm Huette, presidente da Deutsche Bank Art diz ter em mente, mas sim o enriquecimento dos seus funcionários, dos seus clientes e mais mediatamente, dos artistas que tais aquisições acabam por valorizar e reconhecer. As obras adquiridas por esta instituição financeira são colocadas no local de trabalho dos seus funcionários e vistas directamente pelos seus clientes, promovendo assim a fruição estética e o interesse cultural pela arte. Certamente, não será despicienda a valorização financeira e a mais-valia económica que esse acervo vai garantindo para a empresa. Mas, é verdade que a sua política de aquisição de obras de arte tem outros “condimentos”. Por isso, vale a pena ler a entrevista publicada no Deutsche Welle–World.de que aqui recomendamos.

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quarta-feira, 30 de abril de 2008

Estágios de EAC's na Comunicação Social

O Jornal Diário do Minho publicou na sua edição de 29 de Abril de 2008 (p. 6), a notícia intitulada “Estagiários da Facfil realizaram plataformas virtuais para museus”, onde destaca as produções dos alunos de Estudos Artísticos e Culturais realizadas nos estágios do primeiro semestre de 2007-08. A notícia dá particular relevo aos cd-roms que permitem a realização de visitas virtuais aos museus Nogueira da Silva e Mosteiro de Tibães. Foto e texto da notícia in website de EAC's.

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Festival da Cultura em S. Paulo: um milagre económico!

A “Virada Cultural” trouxe para o centro da Cidade de S. Paulo, transformando-o num grande boulevard, cerca de 4 milhões de pessoas, tornando-se num dos maiores eventos culturais do mundo. Verdadeiro festival da arte e da cultura, desfrutado pelos paulistanos e visitantes, num non stop de 24 horas de 26 a 27 de Abril, esta festa garantiu à economia local um nada despiciendo contributo de cerca de R$ 90 milhões. Outros dados que impressionarão os mais cépticos: a SPTuris trouxe 120 operadores de turismo, do Brasil e América do Sul, para conhecerem o evento, colocando-o como um dos principais produtos turísticos da cidade. Quando, por cá, cronicamente, se discutem as migalhas do orçamento para o sector cultural, e a nível das políticas públicas se assiste à retirada do investimento do Estado das áreas da promoção cultural, é bom atentar nesta iniciativa, que apesar da extraordinária mais-valia económica (e não só), não depende de nenhum tipo de patrocínio privado, sendo organizada pela Prefeitura de São Paulo, e realizada pela Secretaria Municipal de Cultura. Afirmação da cidade como pólo cultural, participação social, animação económica, enriquecimento pessoal, factor da educação para a cidadania… Mas, por que é que tarda a aposta neste sector? Mais informação.

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terça-feira, 22 de abril de 2008

Amélia Fernandes dá à estampa mais uma obra de Poesia

Teve lugar no passado dia 10 de Abril, na Livraria Centésima Página, em Braga, a apresentação da mais recente obra da "Poetisa de Arosa", intitulada Flores para Ti. A apresentação da obra esteve a cargo do Doutor Manuel Monteiro, professor da Universidade Lusíada. Na sequência da abordagem à poesia desta autora, declamou o poema "Palmilhar a Serra", «vivida ilustração do árduo, mas fascinante e honroso percurso da poetisa». Destacou também a coragem, o patriotismo, o humanismo, o sentimento enquanto valores presentes na obra e na vida da autora. Usaram ainda da palavra o Doutor Barroso da Fonte, o Professor David Araújo e Fátima Lobo, na qualidade de antiga Professora da autora na Faculdade de Filosofia de Braga da Universidade Católica. A sessão finalizou com a declamação de poemas da autora. O Curso de EAC’s felicita esta Antiga Aluna pelo seu notável itinerário, augurando que a sua fonte poética nos continuará a brindar com Flores de beleza intensa.

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sexta-feira, 11 de abril de 2008

Dia do Antigo Aluno da Faculdade de Filosofia

Aos Licenciados do Curso de Estudos Artísticos e Culturais:
É já no próximo Domingo, dia 13 de Abril, que os Antigos Alunos da Faculdade de Filosofia de Braga da Universidade Católica Portuguesa comemoram o seu Encontro Nacional.
A Associação dos Antigos Alunos é, agora, o lugar natural para a revitalização do espírito académico, fortalecimento da amizade e da solidariedade entre todos os que frequentaram a nossa Escola. Enquanto força social, profissional, intelectual, a nossa Associação é veículo de expressão das nossas necessidades e dos contributos que podemos dar à Faculdade e à Universidade Católica.
Para tudo isto é fundamental a união de todos os AA. Os estudantes de EAC's têm-se distinguido, entre outros aspectos, pela sua presença activa nos acontecimentos da Faculdade, pela sua alegria e criatividade. Daqui o nosso apelo ao grupo dos primeiros Licenciados para que se inscrevam na Associação e venham a este Encontro.
Os endereços para contacto são:
- Associação de Antigos Alunos da FacFil - Pr. da Faculdade de Filosofia, n.º 1 - 4710-297 Braga
- Telf. 253201200
- e-mail: http://antigosalunosfacfil.wordpress.com/ (onde consta o Programa).

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sexta-feira, 4 de abril de 2008

Financiamento e Promoção da Cultura, por Alfredo Dinis*

Entendo que sendo a cultura uma questão de interesse geral, o seu financiamento - tanto ao nível da criação como ao da fruição - deverá ser assegurado em parte pelo Governo, em parte pelas instituições e empresas privadas, e em parte pelas pessoas que usufruem dos bens culturais. Creio que o mais importante que está por fazer é a criação de públicos, de ambientes e de oportunidades dessa criação e fruição culturais. A Faculdade de Filosofia, sobretudo através do curso de EAC's deverá, quer através da cooperação com outras instituições, quer também através de iniciativas próprias, contribuir para o desenvolvimento desses públicos e dessas oportunidades de criação e fruição culturais acima referidas. Um dos meios para atingir estes fins é o contacto regular e estruturado com instituições de ensino, como as Escolas Secundárias, e com outras instituições, públicas e privadas, promovendo, pelo menos, a informação e o interesse das pessoas no que se refere às iniciativas culturais programadas, não só a ní­vel local. Também a oferta de acções de formação de diversa natureza, incluindo cursos de breve duração na área da cultura, bem como a realização de seminários, work-shops e colóquios, poderá sensibilizar muitas pessoas para o 'mundo da cultura', um mundo que tantas desconhecem ou do qual se sentem excluí­das, em parte porque a cultura de qualidade é cara.

* Professor, Director da Faculdade de Filosofia da Universidade Católica, Braga

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quarta-feira, 2 de abril de 2008

Curso de Estudos Artísticos e Culturais participou em debates no Teatro Circo de Braga

No âmbito do IIº Festival das Companhias de Teatro Descentralizadas e do Dia Mundial do Teatro, que decorreram em Braga, de 25 a 30 de Março, a Companhia de Teatro de Braga (CTB) organizou um ciclo de debates em redor das questões da actividade artística e cultural, tendo neles participado diversas entidades da área das artes, da cultura, das autarquias e do ensino superior, entre as quais se contou o Curso de EAC’s da FacFil. A actualidade e pertinência das questões levantadas nesses debates, a vivacidade das discussões, o interesse que despertou nos intervenientes constituem o melhor testemunho do acerto das opções dos seus promotores. Parabéns à CTB e especialmente ao seu director Rui Madeira, a quem agradecemos também o honroso convite. Da nossa parte, foi com muita expectativa que propusemos a continuidade da reflexão que ali aconteceu, certamente mais orientada para a problematização da especificidade da situação artística e cultural de Braga e da sua região envolvente. A sintonia entre as diversas entidades presentes quanto a um núcleo de preocupações comuns, bem como a consciência de naturais divergências, as pistas de trabalho ali surgidas, e sobretudo o sentimento de que podemos/devemos fazer algo mais pela promoção e enriquecimento cultural da nossa Cidade e de toda a região, actuando de um modo mais concertado e estruturado, levou-nos a formular a proposta da constituição de um grupo de trabalho que integre as diversas instituições e entidades que intervêm no campo da arte e da cultura, um grupo de missão com o objectivo de agenciar sinergias, reflectir, coordenar e implementar uma estratégia de afirmação cultural da Cidade e da Região, num contexto onde, cada vez mais, o global se permuta com o local e com o regional. Tal como afirmámos, não nos parece que seja suficiente a implementação de parcerias “bilaterais” entre algumas das instituições e entidades que estão no terreno; isso já se vai fazendo com resultados claramente positivos. Mas é preciso passar a um patamar mais amplo do ponto de vista da representatividade e da inclusão, e mais exigente do ponto de vista funcional e de atribuição de competências, para que um efectivo trabalho em rede na área da arte e cultura tome forma e conteúdo. O Curso de EAC’s da Faculdade de Filosofia participou neste evento, sobretudo em duas sessões. A primeira delas foi dedicada às “Estratégias de financiamento, promoção e circulação dos bens culturais”, cuja introdução e lançamento do tema esteve a cargo da Profª. Ana Sofia Thenaisie Coelho, actual docente da disciplina de “Introdução às Técnicas da Conservação das Artes”. A outra sessão, dedicada ao tema “A contribuição da Universidade no processo de criação e fruição cultural” contou com a intervenção do docente da Faculdade Carlos Morais. Sendo ambas as questões de grande actualidade e particularmente problemáticas, complexas, e passíveis de abordagem desde múltiplos ângulos – só para referir alguns: política da cultura, desenvolvimento económico, opções orçamentais, paradigma cultural, estatuto e função da arte, formação de públicos, conceito de gosto e educação, projecto pedagógico, concepção de universidade – gostaríamos de convidar os nossos leitores a pronunciarem-se sobre elas. Para facilitar o diálogo e o comentário codificamo-las em duas perguntas: 1 - Quem deve financiar os projectos artísticos e culturais? O Estado? Os privados? Os próprios autores? 2 - O que pode e deve a Faculdade de Filosofia fazer para fomentar a criação e fruição cultural? Está aberto o debate. Formule as suas opiniões.

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sexta-feira, 21 de março de 2008

Parcerias público-privado na cultura?!

Pelo menos teve a virtude da sinceridade: na sua primeira intervenção, no passado dia 19 de Março de 2008, no Parlamento, o recentemente empossado Ministro da Cultura – Dr. José António Pinto Ribeiro - assumiu claramente a escassez da dotação orçamental e financeira do seu ministério para a área da cultura. O apelo feito às "parcerias com o sector privado" até poderia ser entendido como uma inusitada adesão da assim considerada "esquerda moderna" a uma política económica de fundo mais liberal para a gestão da cultura. Mas não, pois é apenas motivado pela magreza escanzelada dos draconianos cortes e poupanças orçamentais de um Estado que relega, de vez, a dinamização do sector cultural para as calendas. Já na sua tomada de posse, a 30 de Janeiro, tinha proferido a programática frase que, portuguesmente falando, significa não desistir da omeleta, mesmo que/sobretudo quando os ovos são – na versão da tecnologia avançada – cada vez mais virtuais: "É preciso fazer mais e melhor com menos". Das notícias vindas a lume, quanto à situação dos museus, do património, estatuto do artista, ensino artístico, mecenato, apoio às artes, de tudo isso resulta pouco mais do que um diagnóstico que nos provoca uma sensação de bloqueio e incapacidade de manobra. Eis a crise e o controlo do tenebroso deficit a desabar sobre a cultura, tão retoricamente propalada quando convém! Registamos o tom prudente e avisado de algumas das declarações e intenções do Ministro: lutar contra a lógica de esbanjamento; estudar da hipótese de transferir a gestão dos museus para as autarquias; a sua desconfiança face às situações de subsídio-dependência, admitindo ao mesmo tempo a necessidade do Estado estimular e apoiar a actividade artística e cultural; a necessidade de usar a imaginação e a capacidade de iniciativa na aplicação do mecenato. Tudo isto, vindo de alguém que conhece bem o sector privado, só pode significar que está decidido a colocar (ainda mais) travões na despesa pública com a área da cultura. Reiteramos o nosso ponto de vista: todas estas medidas poderiam ser salutares se integradas numa política de raiz para a cultura, se tivesse lançado a tempo e horas os instrumentos de envolvimento do sector privado, empresarial, autárquico, associativo de modo a garantir uma resposta estratégica e sustentável aos desafios e às exigências que o campo da actividade artística e cultural comporta. Não tendo sido preparados esses instrumentos, não se vê como ou quem possa compensar o paulatino processo de desorçamentação e de desresponsabilização do Estado perante o sector cultural. As sérias dificuldades em que se encontram cerca de três dezenas de museus, bem como a meia centena de monumentos em risco (referidos pelo próprio Ministro) constituem uma ponta da realidade cultural que sustenta o que acabamos de sublinhar.

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segunda-feira, 17 de março de 2008

Licenciada em EAC’s convidada a desenvolver projecto

A Licenciada em Estudos Artísticos e Culturais, Amélia Fernandes, foi convidada pela Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, através da Vereação da Educação, a planear e executar um projecto de sensibilização e animação artística e cultural em 20 Jardins de Infância daquele Concelho. Iniciará o programa em Abril. Felicitamos efusivamente a Amélia por esta iniciativa. Conhecemos bem o entusiasmo que coloca em tudo aquilo que faz. A Amélia saberá colocar todo o seu saber e a sua sensibilidade ao serviço do crescimento humano e artístico deste “público” de tão tenra idade… ou não fosse ela a conhecida “poetisa de Arosa” que, dentro de pouco tempo, publicará mais livro. A Amélia demonstra-nos também que, na área cultural (e não será assim também em todas as outras áreas?), as oportunidades laborais são fruto de muito empenho e conquista! Parabéns.

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domingo, 16 de março de 2008

Revista "L+Arte" distinguida

Uma das mais relevantes revistas de arte publicadas em Portugal, a L+ Arte, acaba de ser convidada a participar na importante iniciativa “L’art en Europe”. Esta iniciativa – diz o Editorial do nº 46/Março da mesma revista – a realizar em 01 de Julho em Pommery, Reims, e organizada pela “Beaux Arts”, tem como objectivo fundamental dar a conhecer “os mais activos representantes da nova geração de artistas dos 27 países da UE.” A escolha desse grupo de artistas está a cargo, precisamente, das “mais prestigiadas revistas de arte publicadas na Europa”. De grande responsabilidade se afigura esta tarefa da L+Arte. Mas também de inquestionável significado de distinção e mérito é aquele convite, confirmando o elevado nível que esta revista atingiu. As nossas felicitações a toda a equipa, e especialmente à sua Directora – Paula Brito Medori, antiga aluna da Faculdade de Filosofia de Braga da UCP. Desejamos que a L+Arte tenha vida longa e cada vez mais leitores: garantia segura, entre nós, de maior desenvolvimento cultural, enriquecimento estético, de formação crítica do gosto, para além da actual e pertinente informação que mensalmente nos traz do sector artístico.

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sexta-feira, 14 de março de 2008

Aluno de EAC’s abre nova Galeria de Arte em Braga

Manuel António de Araújo é uma figura conhecida na região, na área do coleccionismo e da comercialização de objectos de arte. Possuidor de uma curiosidade inesgotável por tudo o que diga respeito a antiguidades, é sobretudo um apaixonado pela pintura, confessando especialmente a sua admiração pela obra de Jerónimo, possuindo deste autor um número muito significativo de obras, e sendo certamente um dos melhores conhecedores da pintura e da biografia artística deste pintor bracarense. Reflexo desta sua paixão pela arte e da dedicação à actividade de “marchand”, a sua primeira Galeria de Arte - a Anticoar – já se lhe tornava acanhada. Daí, a extensão à “Nimbus”, localizada no coração de Braga. A inauguração do novo espaço será, amanhã, 15 de Março, pelas 21,00h., com a abertura da exposição temática “Cristos” do pintor Jerónimo. Vem mesmo a propósito, e – pela amostra que já vimos – não temos dúvida em aconselhar vivamente a sua visita. Ao Manuel António, aluno do Curso de Estudos Artísticos e Culturais, desejamos-lhe os melhores êxitos comerciais e também estéticos e culturais, nesta nova fase da sua actividade. Também a Cidade e a Região ficam culturalmente mais enriquecidas, dada a importância fulcral destes espaços na circulação e fruição da arte.

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Cultos & Culturas de… José F. Pereira Borges*

Os estudos artísticos e culturais compõem as margens do caminho para a beleza. Desvendam-nos o esplendor da verdade das coisas. O sentimento é uma encruzilhada de arte e de cultura. É claro que a ciência é o motor do progresso, isto é, representa a habilidade humana para melhorar os instrumentos disponíveis à realização da vontade humana. A ciência, “grosso modo”, consiste na capacidade de nos servirmos do peso, da conta e da medida; mas, o sentimento!? O sentimento é consistente através da arte e da cultura. Em termos lógicos, a ciência está primeiro, e depois a arte e a cultura. Mas em termos reais a arte e a cultura precedem a ciência. Para o ser humano, o sentimento da beleza é certamente mais urgente do que a ciência; até nas civilizações nascentes, a arte e a cultura como sua expressão exercem-se antes da análise científica. Não estamos a dizer que a ciência não é muito importante; mas não há dúvida nenhuma que a investigação científica sobre a natureza e sobre a vida é iluminada pelo encanto que nas coisas brilha. A vida feliz é sempre um encontro com a beleza. Tenho dito. * O convidado é Professor Jubilado da Faculdade de Filosofia da Universidade Católica Portuguesa.

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quinta-feira, 13 de março de 2008

Programa “Inov Art” interessa aos licenciados de EAC’s

O Conselho de Ministros criou ontem dois novos programas profissionais, o Inov Art e o Inov Jovem, que proporcionarão estágios profissionais. Mais concretamente, o INOV–ART atribuirá 200 estágios profissionais a jovens até aos 35 anos, nas áreas das Artes e da Cultura. Este programa pretende dar uma oportunidade de inserção profissional a jovens com qualificações ou aptidões específicas nas áreas artística e cultural, dando resposta a uma área que, sendo cada vez mais relevante, tem sido pouco valorizada pelas políticas públicas. Presente na conferência de imprensa, o ministro da Cultura, António Pinto Ribeiro, destacou a criação deste programa INOV-ART como forma de "qualificar as pessoas que intervêm nas indústrias criativas". Os estágios terão uma duração de cerca de nove meses, podendo ser realizados em "fundações, companhias de teatro, locais de realização de cinema, sítios onde se escrevam guiões, ateliers de design, ateliers de arquitectura", entre outros, afirmou.

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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

FacFil/Eac’s na ExpoCultura/AlCultura



E lá estamos.
Momentos para o aprofundamento de conhecimentos, para o reencontro amigável com colegas, a ampliação de contactos sociais (e como são importantes nestas áreas!), para a observação daquilo que os outros fazem, e também – por que é que não há-de ser assim – oportunidade para nos apresentarmos com o que somos e o que sabemos fazer…
Ontem tivemos a grata visita do Prof. Alfredo Dinis, Director da Faculdade. Não eram necessárias palavras. A “presença” é já uma fala eloquente.
Aqui ficam algumas fotos do stand. Com os nossos agradecimentos aos patrocinadores: Anticoar/Nimbus e Artes.

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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Rui Prata, comissário de exposição de fotografia em Liége

O Director do Museu da Imagem, em Braga, é o comissário da exposição “O Estado do Tempo” que representa Portugal (convidado de honra) na sexta edição da Bienal Internacional de Fotografia e das Artes Visuais de Liége, na Bélgica, de 16 de Fevereiro a 30 de Março. A mostra apresenta 248 fotografias, organizadas em quatro capítulos, sobre um século de história de Portugal. De acordo com Rui Prata, “L’État d’Un Temps” é «uma viagem à história do século XX de um país que, após a queda da monarquia, no final da primeira década, conhece um período de intensa agitação político-social, para, de seguida, mergulhar num longo caminho ditatorial (1926), até vislumbrar a luz da liberdade em Abril de 1974». «O fio condutor da exposição obedece, sensivelmente, à sequência cronológica dos factos, sobretudo os de natureza política, já que é nesse terreno que por definição se exercem no imediato os mecanismos de causa/efeito que emprestam inteligibilidade aos acontecimentos; as vagas de fundo, sociais, culturais e tecnológicas de mais alargado âmbito, foram tratadas com a liberdade suficiente para permitir leituras reveladoras dos sinais de continuidade e mudança estruturais, que de outra forma dificilmente seriam detectáveis», explica. «Através deste conjunto de imagens procurou-se corporizar uma súmula dos momentos políticos cruciais da história do século XX em Portugal, acompanhada de um quadro de contrastes e contradições sociais», conclui o Director do Museu da Imagem. O Curso de EAC's mantém com o Museu da Imagem e com seu director, Doutor Rui Prata, uma relação de colaboração em diversas áreas: trabalhos de divulgação e de crítica (Encontros da Imagem I, Encontros da Imagem II, exposições), conferências e orientação de estágios. Também por isto é intensa a nossa satisfação pelo êxito desta iniciativa em Liége. Ao Doutor Rui Prata endereçamos as nossas felicitações pelo excelente trabalho, augurando justo reconhecimento internacional desta Exposição, concebida com o traço da sua expressiva singularidade. Mais informação: http://municipiobraga.blogspot.com/

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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Participação na ExpoCultura

De 20 a 23 de Fevereiro a Faculdade de Filosofia de Braga da Universidade Católica - Curso de Estudos Artísticos e Culturais - participará na EXPOCULTURA no Centro Cultural Vila Flor - Guimarães. Participar e integrar-se nos eventos de cariz cultural e nos fóruns onde se debate a arte e cultura, acompanhar a actualidade artística e cultural, apresentar o seu projecto de formação direccionado para as novas profissões culturais - constituem desafios a que os EAC's da FacFil respondem com interesse e satisfação. Estaremos no stand 40. Sejam Bem-vindos.

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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Em viagem… com Rauschenberg

Uma viagem dentro da viagem. Foi assim que me experimentei, em Serralves, na exposição dessa lenda viva da arte contemporânea, Robert Rauschenberg. A exposição intitulava-se, precisamente, "Em Viagem 70-76". De Robert Rauschenberg sabia-o um libertário… vagueou pelo expressionismo abstracto, pelo dadaísmo, pop-art… acima de tudo era um artista que primava pela liberdade, apelando à criatividade na busca incessante de novos materiais para as suas obras. O seu trabalho mais conhecido, "Combines Paintings", era uma mistura de pintura, colagens e objectos vários. Avesso à pintura tradicional, procurava aliar a obra de arte à realidade, à vida, a situações comuns, ao quotidiano. A minha curiosidade pela presente exposição era grande, não sabia o que iria encontrar, pois a década de 70 era um dos seus períodos menos conhecidos. Decidi levar à letra o título da exposição e vê-la em viagem. Ora, o que fazemos nós quando estamos em viagem? Começamos logo pela observação sumária do lugar, neste caso, da exposição. Cartões, banheiras com água e garrafões suspensos, rodas de bicicleta, carrinhos de mão… enfim um sem número de objectos aparentemente comuns… hum!… isto promete! Esperava ver algo de diferente, mas mais à base de pintura e escultura. Afinal, a minha viagem vai ser mais surpreendente do que esperava! Mas antes de mergulhar a fundo na exposição, decidi observar os meus supostos companheiros de viagem que naquele dia não eram muitos. Um jovem de ar interessado fazia um movimento constante de vaivém com a cabeça, entre as obras e o folheto da exposição. Dada a inexistência de títulos, pressupus, buscaria uma pista, uma explicação para o que observava. Mas olhando-o mais atentamente fiquei com a impressão de que, ou abrandava o ritmo do olhar, ou rapidamente enjoaria da viagem… Perto de si, uma mulher aparentando meia-idade (que horror!... o que eu fui dizer! And me?) vagueava com ar perdido, procurando entender o que a circundava, longe de se dar ares de vencida… Noutra sala, um casal de mão dada, observava cada obra, interessadíssimo, trocando impressões um com o outro, visivelmente entusiasmados. A maior parte das outras pessoas exibiam expressões impenetráveis, não se vislumbrando qualquer reacção nos seus rostos, nem de agrado, tão pouco de desprazer. Mas foi a reacção de duas jovens, andariam pelos vinte, que me chamou a atenção. Discutiam as obras, uma a uma, espreitavam, aproximavam-se, distanciavam-se, segredavam e sorriam, descontraídas. Aparentemente apreciavam (curtiam?) a exposição. Engano meu e total, pois delas – para surpresa minha – ouvi o que não esperava: debruçando-se mais sobre uma das obras (da série "Cardboards"), segredava uma à outra: "Tás a ver? Qual é a piada disto?! Isto também eu fazia! ". Tss… menina, que desilusão… apeteceu-me repreendê-la do alto da minha estima p'la arte contemporânea: "Pois podias… mas não fizeste. E aí reside toda a diferença!". Lamento não ter tido coragem para tanto. Benéfico episódio que me levou a concentrar-me e a ver finalmente a exposição, a continuar a minha viagem propriamente dita. Mas quanto a esta… não digo mais. Apenas que valeu a pena percorrê-la e se possível revisitá-la. É como entrar num laboratório de artista, em absoluta fase criativa, é mergulhar fundo em pleno borbulhar vanguardista. Recomendo vivamente estas viagens… Texto de Anabela Guimarães, Licenciada em Estudos Artísticos e Culturais

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Impulsos não são estratégia cultural

Quando falamos de nós e das nossas coisas tendemos a ser grandes. Não raras vezes, perdemos o sentido da realidade e falamos como de um sonho. O exemplo mais vulgar que encontro para mostrar esta ideia é a relação dos portugueses com a sua selecção de futebol. Muitas vezes tem sido apregoada por adeptos, comentadores, jornalistas, se não a melhor, pelo menos, uma das melhores selecções do mundo. A selecção portuguesa já tem feito história, na exacta medida de um pequeno país, mas na verdade nunca ganhou nada que lhe possa dar um estatuto de verdadeiramente grande. Sobretudo grande com perseverança e não só de pequenos impulsos. No campo da cultura portuguesa acontece algo semelhante. Empolgamos em demasia o que é nosso e tomamos os pequenos impulsos como grandes coisas. Sejam esses impulsos um monumento perdido no meio do território, um escritor que conseguiu notoriedade internacional, um músico que toca em palcos reconhecidos, um pintor que expõe em Nova Iorque… No entanto, quando saímos de portas e ganhamos referências para comparação, verificamos que o nosso não passa mesmo de impulso. Tomarmos, constantemente, como grande o que são impulsos momentâneos, não ajuda a levarmos a sério o caminho que o país deve percorrer para começar o que, na verdade, nunca foi feito pela cultura em Portugal. É difícil encontrar em Portugal uma estratégia cultural para o país. Uma estratégia que se torne visível como a dos aglomerados de construções nas cidades. Uma estratégia capaz de articular as diferentes dimensões do ser humano e que seja para este o que as auto-estradas foram para as regiões do país. Acreditem, nem é preciso mais dinheiro, mas mais articulação, coordenação e aproveitamento dos recursos existentes. Permitam-me, aqui, um último parágrafo para sublinhar o muito que as Faculdades de Humanidades poderão desenvolver no campo da cultura e, concretamente, no trabalho de articulação e coordenação. Penso que se tem perdido excessivo tempo a apregoar a falta de alunos nestas áreas, como se dependesse da existência de alunos a necessidade destas Faculdades para um país. A necessidade das Faculdades de Humanidades justifica-se plenamente pelo tipo de revolução que se espera sempre delas: a revolução do próprio espírito humano. Para isso é preciso o atrevimento de se misturarem mais com o meio envolvente. No meu entender, um bom caminho para isso é levarem as preocupações com o deficit cultural do país a sério e tomarem-no como estratégia perseverante. Creio que passará por aqui o caminho para deixarmos cada vez mais de ser apenas impulsos, no que respeita à estratégia da política de cultura em Portugal. Texto de José António Alves, Mestre em Filosofia.

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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Apresentação dos Encontros AlCultur na FacFil

Dando expressão à sua política de interacção com o meio cultural circundante e de colaboração com as instituições da área artística e cultural, a Faculdade de Filosofia, através do Curso de Estudos Artísticos e Culturais, associa-se à realização dos "Encontros AlCultur - Guimarães 2008", promovendo uma sessão de apresentação e divulgação dos mesmos Encontros. Esta APRESENTAÇÃO DOS “ENCONTROS ALCULTUR GUIMARÃES 2008” terá lugar, amanhã, dia 07 de Fevereiro, às 18H00, na Aula Magna da Faculdade de Filosofia da Universidade Católica - Braga. Deste modo, o Centro Cultural Vila Flor, a CultIdeias e a Faculdade de Filosofia de Braga têm o prazer de convidar Vª. Exª. a estar presente nesta sessão. Recordamos que os "Encontros AlCultur Guimarães 2008", já aqui referidos, têm como tema estruturante “Cultura, Emprego e Economia” e organizam-se em duas sessões plenárias e cinco sessões temáticas, duas conferências e duas reuniões paralelas de âmbito nacional: uma de autarcas com pelouros da cultura e outra de directores de Teatros. Sejam bem-vindos!

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quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Cultos & Culturas de… João Duque*

No próximo fim-de-semana vou prestar culto e visitar cultura de um modo que me é regular, pelo menos uma vez por mês. Trata-se de mergulhar, como acontecerá com boa parte dos actuais habitantes da cidade de Braga, na profundidade cultual e cultural do Minho da nossas raízes, que é um Minho mais telúrico e popular do que aquele que sobrevoamos no dia-a-dia urbano. Sou natural de Monção e costumo ir regularmente «à terra». Mas o meu culto e a cultura a que me refiro não é simplesmente dessa ordem «natural» e quase subconsciente. É que o meu fim-de-semana de visita a Monção possui certas características que, para mim, representam um mundo. É oportunidade de praticar o culto, para mim fundamental (já que sou cristão), segundo uma modalidade típica de um mundo que ainda celebra a Eucaristia dominical em comunidade – e não se limita a «visitar missas», como fazemos frequentemente na cidade. Não consigo descobrir elemento cultual e cultural mais rico do que esse rito que parece fazer parte do sangue que corre nas veias de muitos minhotos. Mas este momento forte, cultual e culturalmente, possui, para mim, ramificações importantes. É que, nos fins-de-semana em que me desloco a Monção, ensaio e dirijo o Coro paroquial local, chamado Coral Deu-la-Deu. Nessa actividade, o culto cristão prepara-se e expande-se em arte – e em arte que habita, como em tantos recantos do Minho, a prática de tanta gente, com todos os níveis de formação e de inserção social. É para mim uma autêntica forma de culto e de cultura, essa prática coral. Ou será fácil encontrar muitos espaços, em que pessoas sem alfabetização musical, e mesmo com relativamente pouca alfabetização na dita «alta cultura», estudam, paciente e sacrificadamente, obras polifónicas complexas, tesouros da nossa tradição musical ou produções contemporâneas de bom nível? No caso, trabalhamos sobretudo o nosso património musical exigente, sobretudo de produção minhota (de compositores como Manuel Faria e Joaquim dos Santos, por exemplo). Por tudo isso, considero este fim-de-semana muito representativo da minha relação ao culto e à cultura em que está centrada a minha vida. Outras formas culturais virão, talvez, por acréscimo. * O convidado é professor, Director da Faculdade de Teologia da Universidade Católica - Braga

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quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Exposição e Jornada de Estudos dedicadas à obra de Jerónimo e Jomy

Estará patente até ao dia 02 de Fevereiro a exposição de pintura dos artistas Jerónimo e Jomy na Biblioteca Municipal Prof. Machado Vilela, em Vila Verde. Esta exposição ocorre no contexto do estágio do aluno de EAC’s, Manuel António de Araújo, na “Proviver - E.M.” e tem como principal objectivo fomentar o contacto do público com aqueles dois artistas da região minhota. Jerónimo e Jomy deixaram, de facto, uma obra que merece ser apreciada, conhecida e divulgada. Nesta linha, a Câmara Municipal de Vila Verde e a Faculdade de Filosofia da Universidade Católica / Braga propõem-se realizar, no dia 10 de Maio, uma Jornada de Estudos, a fim de se aprofundar a singularidade da criação artística daqueles pintores, bem como a sua importância na afirmação cultural da região. A Jornada ocorrerá por ocasião da Feira do Livro de Vila Verde (08-11 de Maio), ambiente culturalmente propício, pelo seu cariz socioeducativo, envolvendo as escolas de todos os graus de ensino do Concelho de Vila Verde. Convidamos todos os interessados a associarem-se a esta Jornada, fazendo-nos chegar os seus endereços para contactos, bem como os seus comentários, opiniões e sugestões.

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quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Cultos & Culturas de... José Amaro*

Ah! No próximo fim de semana (FdS) vou até às trincheiras da minha infância: recordar, ver e olhar e ...emocionar-me com as pessoas, com as árvores, com as pedras e com os lugares. Prometo que não vou ler, ver cinema/televisao, ler jornais, visitar museus ou monumentos. Vou cultuar/cultivar pessoas e lugares. Ponto final. Às vezes preciso de outros cultos, de outras culturas e outros cultivos. Vou cultuar a minha mãe Deolinda, que faz 85 anos, (a mãe Lucinda e a mãe Francelina ficarão para outra altura), os meus irmãos: Arsénio, André, Manuel, Teresa e Hermínio e amigos. Vou olhar o xisto velho, amarelado e cinzento, da minha charneca beirã, exposto nas casas caídas e a cair de velhice e abandono. Vou chorar por dentro e nelas sentir as minhas raízes de menino e moço. Vou olhar o mato e as pedras da minha/nossa infância: recordar nomes, lugares, pessoas, alimentos, modos de fazer, animais, palavras nossas, zangas, bulhas e brincadeiras, terras vizinhas... e o mais que surgir. Este FdS vou deixar todos os cultos de cultura para me virar para o cultivo de pessoas que cruzaram/cruzam as suas vidas com a minha. Ah! Darei um salto ao Meimão para olhar a Malcata na sua verdejante soberba, cumprir a palavra que tenho em atraso; e olharei a barragem que tremeu com os exercícios da força aérea e teima em espelhar as nuvens e o céu mais azul do mundo; e conversarei com o zéhenriques e admirarei a casa que tão bem restaurou e é bela na sua simplicidade e conforto. Espreitarei o Fundão e o Jotaefe porque esse é o meu único vício-virtude, alimentado conscientemente com o corpo e a alma. E outros amigos de braço-e-abraço virão com relatos de preguiça e má-língua. É o prazer do tempo e do culto... * O convidado é jornalista e professor, colunista do “Jornal do Fundão”.

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domingo, 20 de janeiro de 2008

Centro Cultural Vila Flor acolhe Encontro de Cultura


Centro Cultural Vila Flor Guimarães
20 a 23 de Fevereiro de 2008
Organização: CultIdeias e Oficina

A quarta edição dos Encontros AlCultur, entre os dias 20 e 23 de Fevereiro de 2008, realizar-se-á no Centro Cultural Vila Flor em Guimarães, e será dedicada ao tema geral “Cultura, Emprego e Economia”.

Esta Cidade Património Cultural da Humanidade e futura Capital Europeia da Cultura em 2012 acolherá uma das mais importantes iniciativas, a nível nacional, na área cultural.

É uma evidência, para todos, o lugar estratégico que a cultura hoje ocupa no seio do corpo social, político, e até económico-financeiro, no sistema das representações simbólicas, ideológicas, na construção da epistéme e do ethos da comunidade, no vastíssimo campo da mediação – pense-se, por exemplo, nos enormes contributos da abordagem cultural nos fenómenos específicos da marginalidade, da toxicodependência, da reintegração social, da intervenção psicológica, da análise multicultural e, mais amplamente, na construção existencial do sentido que damos ao que somos e pretendemos ser… Tudo isto é uma evidência, porém, hoje, estamos mais conscientes das implicações desta evidência. Daí a pertinência de iniciativas como a dos Encontros AlCultur.

A cultura é uma inesgotável matéria de reflexão teórica e prática, é fonte de bem-estar pessoal e de crescimento humano da sociedade, é motor de desenvolvimento dos territórios e das comunidades, constitui, hoje, um segmento de ocupação “profissional” de um número crescente de cidadãos qualificados para o desempenho de tarefas de elevado grau de especialização, é também motor da construção de centros de interesses entre os indivíduos, de redes de colaboração entre as instituições, em suma, a cultura é promotora de autênticos encontros.

Parabéns à CultIdeias que fecundou esta Ideia, ao Centro Cultural Vila Flor e à Cidade de Guimarães que a acolhem.

Apenas um senão: a ausência, no Programa dos Encontros, de um espaço para apresentação de experiências, projectos, reflexões e pontos de vista diversos sob a forma de “comunicações livres”; sendo os Encontros AlCultur já uma plataforma cultural, não sairia ainda mais ampliada e enriquecida com a sua introdução no Programa?

Aqui fica a sugestão para a quinta edição, e eventualmente um tema para o debate.

E o leitor, que opinião tem desta iniciativa, do programa de actividades? Familiarizado que está com as questões da cultura, que espera deste Encontro? Exponha aqui o seu comentário.

Informações sobre o Encontro

Programa da Expocultura

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domingo, 13 de janeiro de 2008

Museus em França com entrada gratuita

O que pensaria o leitor se, de repente, o Ministério da Cultura decretasse a livre entrada nos museus, visitas totalmente de borla? Pois, em França, não sem muita polémica, tal medida acaba de ser implementada. Ela abrange apenas catorze museus e monumentos nacionais e durará seis meses.

A causa desta originalidade francesa não é a súbita generosidade financeira das contas públicas do Estado, nem o enriquecimento das instituições museológicas, mas sim a necessidade de investigar os factores que mais concorrem para a afluência do público aos museus, bem como a sua composição. Será - tal como alguns defendem - o custo/despesa dos bens culturais o principal obstáculo à "democratização do acesso à cultura"? O que pensa desta questão?

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