quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

"Ponte de Lima: Estudos de História Local", obra co-coordenada pelo prof. Cândido Martins


No passado dia 11 de Dezembro, foi apresentado o livro Ponte de Lima: Estudos de História Local, coordenado por Cristiana Freitas (directora do Arquivo de Ponte de Lima) e por José Cândido de Oliveira Martins (docente da Faculdade de Filosofia da Universidade Católica Portuguesa). A sessão decorreu no Auditório da Biblioteca Municipal; e contou com a presença dos coordenadores da obra e da Engª Estela Almeida, vereadora da Câmara Municipal de Ponte de Lima.
O volume Ponte de Lima: Estudos de História Local resulta de uma louvável iniciativa do Arquivo Municipal de Ponte de Lima sob o nome de “Serão de História Local”. Ao longo de alguns meses, empreendeu-se uma interessante iniciativa cultural – a realização de uma série de conferências sobre temáticas respeitantes a Ponte de Lima, apresentadas por especialistas em vários domínios de conhecimento das ciências sociais e humanas.
Os títulos das sete conferências reunidas neste volume são reveladores da assinalável diversidade temática desta obra, espelho da riqueza histórico-cultural do concelho limiano:
1) “Frei Francisco de S. Luís e a política” (Prof. Doutor Luís António de Oliveira Ramos);
2) “A Casa da Roda de Ponte de Lima” (Prof. Doutor Teodoro Afonso da Fonte);
3) “História do processo de emparcelamento e regadio da várzea do rio de Estorãos” (Prof. Doutor Álvaro Campelo);
4) “Confraria de Nossa Senhora da Penha de França” (Mestre Alexandra Esteves);
5) “A educação no concelho de Ponte de Lima na segunda metade do século XIX” (Mestre José Carlos de Magalhães Loureiro);
6) “Honra, pobreza e caridade: os dotes de casamento na Misericórdia de Ponte de Lima (Prof.ª Doutora Maria Marta Lobo de Araújo);
7) “Para a história da imprensa periódica limiana de Oitocentos” (Prof. Doutor José Cândido de Oliveira Martins).
Os autores destes estudos são investigadores ligados a várias universidades, com vários trabalhos publicados.

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domingo, 20 de dezembro de 2009

Comentário da Aluna Sara Pinheiro à exposição "Arcelino" (Museu da Imagem) publicado no "Correio do Minho"


(clique na imagem para ampliar)

O Jornal "Correio do Minho" publicou na sua edição de 19 de Dezembro de 2009 (p. 17) o comentário da aluna de EAC Sara Raquel Pinheiro à exposição de fotografias de Arcelino, presente no Museu da Imagem (Braga) onde a aluna realiza o seu Estágio.
NB - Este texto foi também publicado pelo Jornal "Diário do Minho" na sua edição de 21 de Dezembro de 2009.

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Um Conto de Natal, pela Aluna Conceição Oliveira


O alvorecer espreguiçava-se, lânguido, por entre as montanhas. Os primeiros raios de sol desnudavam a escuridão ao som do chilrear dos pássaros. Já aqui e ali, a paisagem, envolta em xales de neve, dançava por entre matizes de verdes e castanhos terra. O velhinho dormitava no seu leito. Em ambos o tempo cravara as suas marcas. Companheiros de bons e maus momentos, ali estavam partilhando o derradeiro enlace. Longe iam os dias em que o homem jovem e talentoso trabalhara a madeira de castanho, criando a confortável e robusta cama. Agora, as pernas outrora rijas oscilavam trémulas sob o peso do seu corpo frágil.
As portadas da janela deixaram de se mover ao ritmo do dia e da noite. O quarto respirava ao compasso da natureza. E naquela manhã, rasgando a vidraça, alguns raios de sol vieram afagar o rosto do ancião, brincando por entre as rugas da sua pele. Os dedos, nas mãos descarnadas, moveram-se. As pálpebras ergueram-se e logo os olhos ficaram cativos das minúsculas partículas de pó que rodopiavam por entre a luz solar. Um ténue arrepio percorreu todo o seu corpo perante a beleza do amanhecer.
Recordou a noite anterior: a ceia de Natal, as crianças alegres, as prendas, as histórias partilhadas... Todos os anos a repetição de rituais de solidariedade, fraternidade, dádiva. Todos os anos promessas de mudança de vida, de Natal todos os dias, para todos. Valeu-se da pouca força que lhe restava para repetir aos adultos presentes e ensinar às crianças o convite que representa a celebração do Natal:
“ Que cada homem renasça, comprometendo-se a viver com o coração puro como o de uma criança, abrindo-se ao Amor, incondicional. Que através desse Amor construa pontes de solidariedade, de justiça, de igualdade e de fraternidade. E deste modo o Espírito de Natal permanecerá entre nós todos os dias das nossas vidas”.
Lá fora o frio mantinha as placas de gelo intactas sobre as poças de água. Do interior do quarto emanava um calor morno, tranquilo, que foi abrindo caminho por entre a atmosfera gélida, até se dissolver na luz daquele dia de Natal.
  • Imagem: Pintura a óleo de Antonio Allegri, Correggio (1489-1534)
Conceição Oliveira, Aluna finalista do Curso de EAC

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sábado, 19 de dezembro de 2009

Antiga Aluna Amélia Fernandes num encontro com o escritor Mário Zambujal


Com data de 08 de Dezembro recebemos mais esta boa notícia das actividades poético-literárias da Antiga Aluna Drª Maria Amélia Fernandes e do encontro com o escritor Mário Zambujal. Aqui ficam as suas palavras:
“Tenho vindo a desenvolver várias actividades na Biblioteca Municipal de Fafe. Na sequência da publicação do meu mais recente livro Um Natal na Minha Infância, estas multiplicaram-se. Na passada quinta feira (...) partilhei com Mário Zambujal o belíssimo auditório da referida Biblioteca, assistindo, desta vez, à apresentação do mais recente livro deste autor: Uma noite não são dias. (...) o que me proporcionou o ensejo e o prazer de com ele conversar e partilhar ideias. Foi para mim motivo de regozijo ouvir do jornalista e escritor palavras elogiosas e de incentivo. (...) Conhecer e conversar pessoalmente com Mário Zambujal constituiu para mim uma "mais-valia". A sua inteligência e sensibilidade são atributos essenciais que eu admiro".

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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Professores do Curso de EAC participaram em Colóquio Internacional dedicado a Maria Judite de Carvalho


Assinalando os 50 anos sobre a publicação do livro de narrativas, Tanta Gente, Mariana, de Maria Judite de Carvalho, realizou-se em Paris, de 4 a 6 de Novembro de 2009, um Colóquio Internacional, intitulado "Maria Judite de Carvalho. Thèmes, genres et représentations".
Participaram neste Colóquio (organizado pela Université de Sorbonne – Paris IV) dois professores da Faculdade de Filosofia, docentes do curso de EAC – José Cândido de Oliveira Martins e João Amadeu Carvalho da Silva –, que nesse evento apresentaram as suas comunicações.

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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

As Penas e as Escamas, pelo Prof. Luís da Silva Pereira


A primeira referência às sereias aparece no canto XII da Odisseia de Homero, quando Circe adverte Ulisses dos perigos enormes que o esperam. Fala das sereias que habitam no prado de uma ilha, entre ossadas humanas e corpos de pele mirrada. E logo lhe dá o remédio contra a sedução do seu canto: tapar com cera os ouvidos dos companheiros e atarem-no a ele a um mastro do navio.
Aqui se apresentam os sentidos primordiais de sedução e morte que às sereias se atribuíam. Curiosamente, Homero não descreve o seu aspecto. Gaio Plínio Secundus, porém, no Naturalis Historia (Livro 10, cap.49), cataloga-as entre os pássaros fabulosos. Por sua vez, Apolónio de Rodes, no livro IV de A Argonáutica, refere – e é a primeira vez que se lhes traça uma das várias genealogias - que eram filhas de Terpsícore e de Aqueloo, e descreve-as como “meio humanas e meio aves na forma”.
A palavra “sereia” poderá ter chegado ao Ocidente, não apenas através dos clássicos, mas também através da Bíblia. Com efeito, na tradução dos 70 feita por S. Jerónimo para latim, conhecida por Vulgata, no Livro de Isaías (XIII, 21-22), traduz-se o hebraico tannim por sirena. Pode ter sido ainda por outra via que o Ocidente teve conhecimento da palavra “sereia” e do seu conteúdo conceptual: através do célebre Fisiólogo, provavelmente do séc. II d.C., escrito em grego, livro no qual se procura dar o sentido alegórico dos animais referenciados na Bíblia. O Fisiólogo foi traduzido do grego para latim talvez no séc. V, e teve enormíssima difusão, influenciando profundamente os bestiários medievais e a iconografia por eles suscitada.
Por finais do séc. VII d. C., ou inícios do VIII, aparece uma nova representação: metade mulheres, até ao umbigo, e cauda de peixe, daí para baixo. Onde se operou essa transformação? Quem a fez?
Segundo Edmond Faral , o aparecimento de um novo tipo de sereia dá-se num livro chamado Liber Monstrorum de diversis generibus (Livro dos Monstros de Diversos Géneros). É nele que, pela primeira vez, se descrevem as sereias, até ao umbigo, com um corpo de rapariga, inteiramente parecidas com a espécie humana, tendo, no entanto, caudas escamosas, sempre escondidas dentro da água.
Esse livro é proveniente da Irlanda ou, pelo menos, de um país anglo-saxónico. O nome do autor é-nos fornecido por Thomas de Cantimpré, que morreu por volta de 1270. Refere que foi um tal Audelinus, filósofo que escreveu pouco, mas de grande qualidade, o autor do Liber Monstrorum.
Audelinus é a forma latina do nome anglo-saxónico Aldhem. Este Aldhem foi abade de Malmesbury e depois bispo de Sherbone (639-707.
Aparecem ainda outros tipos de sereias na Idade Média. No segundo quartel do século XII, surgem que combinam a mulher-ave com a mulher-peixe. É deste modo que são descritas no Aviário de Hugo de Fouillois, por exemplo. No Fisiólogo Armenio são apresentadas, do umbigo para baixo, com aspecto de pássaros, de asno ou de touro. No Bestiaris I, encontra-se um tipo de sereia metade mulher e metade cavalo. Em vez de cantar toca suavemente trompa com a qual adormece os homens para depois os matar.
O simbolismo da sereia é muito variado, mas sempre fortemente negativo. Salientamos os seguintes valores simbólicos:
1. Mulher sedutora, perigosa e mortífera, horrivelmente feia. Adormece o homem com o seu canto para depois matá-lo. É a tradição clássica.
2. Mulher prostituta, na tradição interpretativa de Isidoro de Sevilha.
3. Mulher demónio. Encontra-se no Roman de Brut, de Wace, 1155.
4. Mulher-louca ou insensata, que seduz o homem com a suavidade das suas palavras, mas depois os conduz à pobreza e à morte. Por outro lado, as asas da sereia significam que o amor da mulher vai e vem, quer dizer, é um amor inconstante (Pedro, o Picardo, no seu Bestiário). Esta visão da mulher como ser inconstante e volúvel vem da Antiguidade Clássica: varium et mutabile sempre femina.
5. Já Isidoro de Sevilha interpretava o facto de as sereias apresentarem asas e garras como querendo significar que o amor voa e fere.
6. Simbolizam também as riquezas deste mundo.
Anne et Robert Blanc, numa obra intitulada Monstres, Sirènes et Centaures Symboles de l’art roman, tentam esclarecer o sentido das representações de sereias na arte românica.
As sereias românicas, quer em esculturas de capitéis ou arquivoltas, nos tímpanos ou nos lintéis, quer em afrescos das paredes, nunca são de filiação clássica, metade mulheres, metade aves, mas sempre de filiação celta, metade mulheres, metade peixes, umas vezes ostentando longas cabeleiras soltas, outras vezes exibindo os seios túrgidos. Quase sempre seguram a cauda com uma das mãos, quando ela apresenta forma simples; às vezes com as duas, quando apresenta forma bífida. A cauda bífida parece ser uma invenção dos escultores românicos. Qual será o seu significado? Para mim é óbvio: estabelece um paralelismo simbólico com a figura humana que, em numerosas esculturas românicas, segura com as mãos os tornozelos, simbolizando desse modo o controle total dos seus passos. Mas talvez possamos ver também nessa bifurcação da cauda uma necesidade de simetria ou simples transposição da forma que a cauda de alguns peixes ostenta.
Poderemos dizer que as sereias românicas, ou celtas, apresentam, ao contrário das greco-romanas, uma face benfazeja. Elas são apresentadas em posição de quem defende os homens dos monstros que os atacam, quando não são elas mesmas atacadas por esses monstros. São, pois, aliadas dos homens e não suas inimigas mortais.
Para tentar interpretar adequadamente o papel desempenhado por estas representações românicas, Anne e Robert Blanc recordam uma lenda celta, recolhida por Jean Markale: certo jovem encontra uma velha que lhe indica o caminho a seguir. Chega a uma ilha. Uma sereia vem ter com ele e propõe-lhe que a acompanhe até ao fundo do mar. Aceita a proposta porque garante não ter medo de nada. Mergulha, portanto, com a sereia nas águas profundas. À medida, porém, que vai descendo, começa a angustiar-se. A água turva-se e, no fundo do mar, saindo de sob a areia, começam a surgir seres misteriosos que sobem para a superfície. Nessa altura, o jovem fica cheio de medo. Apercebendo-se do facto, a sereia fá-lo subir rapidamente à superfície. Diz-lhe que ainda não está preparado para fazer viagens deste género e que, mais tarde, poderá tentar de novo.
Parece verosímil que os escultores românicos tivessem presentes velhas lendas celtas como esta, ao esculpirem as sereias. Anne e Robert Blanc propõem, então, uma interpretação muito positiva: a sereia será o símbolo da capacidade interior que todo o homem tem, em maior ou menor grau, de analisar tudo o que se encontra nas profundezas da sua interioridade. Elas desempenham, portanto, o papel de guias na viagem pelas profundezas do nosso psiquismo, ou então a nossa capacidade de auto-análise, a nossa consciência moral. Este é, evidentemente, um valor muito genérico. Embora com ele relacionado, as realizações escultóricas concretas apresentarão depois valores mais precisos e particulares.
Como síntese final, diremos, pois, que a sereia com cauda de peixe é de origem celta. A ela se refere, pela primeira vez, o Liber Monstrorum, nos finais do séc.VII ou começos do VIII, cujo autor foi de Audelinus ou Aldhem, abade de Malmsbury e depois bispo de Sherbone(639-707). Rica de simbolismo, a sereia românica de origem celta não é a entidade maléfica dos tempo dos gregos e romanos e dos primórdios do cristianismo, sobretudo por influência de Isidoro de Sevilha, mas uma criação dos imaginários românicos altamente sábia, benéfica e espiritual.
Gostaria ainda de chamar a atenção para o facto de não haver entre nós, segundo creio, nenhum estudo sobre a iconografia das sereias na escultura românica. Era urgente fazê-lo. E não precisávamos de ir muito longe para o iniciar. Podíamos começar pelas arquivoltas do pórtico da Sé de Braga.

P.S. Um estudo mais amplificado do tema encontra-se nas Actas do II Congresso Transfronteiriço de Cultura Celta de Ponte da Barca, Município de Ponte da Barca, 2009, pp. 39-47.

Bibliografia

BLANC, Anne et Robert, Monstres, Sirènes et Centaures. Symboles de l’art roman. Paris, Éditions du Rocher, 2006.
DAVY, M. M., Initiation à la Symbolique Romane, Paris, Flammarion, 1997.
FARAL, Edmond, “La Queue de Poisson des Sirènes” in Romania LXXIV(1953), 433-506.
SÉBILLOT, Paul, Le Folklore de France, Paris, Éd. Omnibus, 2002.

Luís da Silva Pereira

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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Colóquio sobre "Ética, Cultura e Filosofia Prática" organizado por Centro de Estágio (APEFP)

 A Associação Portuguesa de Ética e Filosofia Prática (apefp) organiza no próximo dia 12 de Dezembro de 2009 um colóquio que versará a temática: "Ética, Cultura e Filosofia Prática", e decorrerá na Aula Magna da Faculdade de Filosofia do Centro Regional de Braga da UCP.
Tal como já aqui referimos, este evento conta com a colaboração da Faculdade de Filosofia, reforçada pela mediação de um aluno do Curso de Estudos Artísticos e Culturais que está a realizar o seu Estágio Curricular nesta mesma Instituição.
Aqui fica o cartaz do evento e demais informação para a inscrição de todos os interessados.







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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Núcleo de Alunos de EACs cria grupos de trabalho

Da Comissão Instaladora do Núcleo de Alunos Antigos e Actuais da Licenciatura de EAC recebemos o seguinte Memorando da reunião do dia 07 de Novembro de 2009:
«No dia 7 de Novembro de 2009 teve lugar na sede do CAB o primeiro Encontro do Núcleo da Licenciatura EAC.
Os principais objectivos deste encontro eram: a apresentação e discussão da proposta de regulamento do funcionamento do Núcleo; estabelecer um diálogo acerca de futuras iniciativas; captação de colaboradores com vista à dinamização e actividade do mesmo.
Depois de feitas as apresentações entre todos, porque, sobretudo entre os ex-alunos e os actuais, havia alguns que não se conheciam entre si, iniciou-se um saudável debate sobre os objectivos do Núcleo.
Entre as suas prioridades defendeu-se que seria muito interessante estimular a participação cívica de todos os que representam a comunidade desta licenciatura. O propósito é a sua dinamização, com proveitos óbvios para todos, incluindo a própria licenciatura em si, no sentido de dar um contributo para uma possível requalificação da mesma; criar laços entre os actuais e antigos alunos; e ser uma voz activa de comunicação, atenta às necessidades dos seus membros, bem como à realidade das necessidades de quem termina uma licenciatura e se depara perante um mercado de trabalho saturado que mina os legítimos anseios de um emprego na área em que se qualificou e adquiriu competências específicas. Aliás, esta necessidade foi bem presente no testemunho de alguns Eacs, já licenciados e que ainda não tiveram oportunidade de ingressar no mundo do trabalho, bem como de outros que deram o seu testemunho da precariedade dos contratos de trabalho a que foram sujeitos. Por último, não poderia ficar fora dos nossos objectivos a implementação de uma dinâmica cultural, quer ligada à formação, quer a futuros eventos que o Núcleo poderá implementar através dos seus membros.
De seguida e com a participação activa de todos os presentes debateram-se as questões formais inerentes à formação dos estatutos. Ficou decidido por unanimidade que era demasiado cedo para o Núcleo se envolver em Regulamentos que iriam pesar na sua estrutura. Determinou-se deixar as formalidades e possíveis estatutos para depois e, por enquanto, implementar uma experiência piloto, leve e flexível.
A estruturação do Núcleo em Grupos foi uma ideia bem recebida, quer pela sua praticidade e fácil concretização, quer pelas vantagens inerentes a uma organização desta natureza. Uma solução que envolva parcerias e trabalho em comum terá sempre melhores resultados do que um trabalho individual. Estabelecem-se sinergias que conseguem capitalizar as energias individuais de modo que o todo seja maior que todas as partes. É certo que poderá levar algum tempo, como todo o trabalho cooperativo, até que os Grupos produzam resultados visíveis, mas os resultados a médio e longo prazo serão de certeza mais duradouros.
Estes Grupos serão constituídos à medida dos desejos e conveniências dos membros do Núcleo, ficando decidido, no entanto, a manutenção do Grupo de Coordenação que tem por função unicamente a marcação de reuniões e encontros entre todos os Grupos e membros e uma mais fácil agilização de contactos entre todos, bem como uma ponte entre o Núcleo e a Faculdade, quer a nível de contactos, quer a nível de apoio logístico.
Quanto ao funcionamento dos Grupos, estes serão completamente autónomos e independentes uns dos outros. Os membros integrarão os Grupos que escolherem e poderão frequentar mais do que um. Serão completamente autónomos e geridos pelos membros. Para uma boa articulação entre as actividades, deverão apenas comunicar o agendamento daquelas ao Grupo de Coordenação, para evitar eventuais sobreposições de agendas. O Grupo de Coordenação coloca-se ao dispor de todos para eventuais colaborações, quer logísticas, quer de agilização de contactos entre todos.
Foi proposto a todos os presentes que indicassem uma área de interesse para a constituição de grupos e foi decidido criar de imediato dois grupos: o de Fotografia, que gerou entusiasmo em muitos colegas, que falaram de uma possível formação nesta área; e um de debate e reflexão sobre temas e assuntos do interesse dos EACs e da licenciatura, que suscitem ponderação, investigação e uma posição mais atenta dos seus membros, ou simplesmente levantar e atiçar polémicas, agitar ou provocar. O nome deste grupo ainda está em debate.
Existiu ainda interesse na criação de mais dois outros Grupos, um de Poesia e outro de Organização e Gestão de Eventos.
Com vista a uma fácil e melhor comunicação entre todos foi decidido criar um grupo, no Googlegroups, pois é uma ferramenta acessível a todos e muito prática. Enviámos convites a todos os EACs e solicitámos, ainda, a todos os que não têm Gmail, o favor de criarem um para poderem aceitar o convite e participar activamente nas discussões e comunicações enviadas.
E para terminar, queremos agradecer a todos quantos participaram no Encontro a disponibilidade e o contributo dado para que o Núcleo inicie as suas actividades. Não podemos esquecer que o Núcleo somos todos nós e é um dever de cidadania rentabilizar o nosso capital social que é a licenciatura em EAC. Se conseguirmos trabalhar entre todos, de modo criativo, cooperativo e solidário, valorizando as nossas diferenças no sentido de as capitalizar para o bem comum, estaremos a ganhar TODOS. E não, não pretendemos unanimismo, mas unicidade.
Vamos, pois, trabalhar em comum, valorizar as nossas diferenças para criar algo novo e inovador, que nos permita obter resultados que nos orgulhem quer a nível académico, quer a nível pessoal.
Um apelo final: todos os EACs que não puderam comparecer neste Encontro, por um motivo ou por outro, não deixem de participar, escolher um Grupo, dar sugestões. Sabemos que a vida profissional e pessoal de cada um não deixa muito tempo disponível, mas quando existe vontade e querer, o tempo tem a particularidade de se “esticar” e… querer é poder!

A Comissão Instaladora do Núcleo de Alunos Antigos e Actuais da Licenciatura de EAC:
Anabela Guimarães, Conceição Oliveira, Filomena Fonseca

P.S.: Estiveram presentes os EACs abaixo indicados e que integram os seguintes grupos:
Fotografia: Paulo Pinto; José Bastos; Jorge Gualdino; Vítor Gandarela; Elisabete Martins; Sara Pinheiro;
Reflexão (?): José Bastos; Ana Oliveira; Regina Guimarães; Leopoldina Almendra; Conceição Oliveira; Anabela Guimarães;
Poesia: Amélia Fernandes; Conceição Oliveira; Filomena Fonseca;
Organização e Gestão de Eventos: Amélia Fernandes; Eduardo Mesquita; Evandro Semedo.»

Outras notícias acerca do Núcleo de EACs:
- "Criação do Núcleo dos Alunos de Estudos Artísticos e Culturais da FacFil"
- "Comunicado da Comissão Instaladora do Núcleo dos Alunos de EACs"

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sábado, 5 de dezembro de 2009

Empresa procura técnicos do património cultural


Empresa Pública Empresarial procura técnicos para áreas ligadas ao património cultural.

Fonte: Jornal Expresso-Emprego, 28 Nov. 2009

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